9-track (nove trilhas)

O esquema de gravação em fita de nove trilhas é um sistema desenvolvido pela IBM em 1964, conhecido como "9-track" ou "nove trilhas". Ele permite armazenar e transferir dados em uma fita magnética de ½ polegada de largura, dividida em nove trilhas paralelas. Cada trilha corresponde a um bit de informação: oito bits para os dados e um bit para a paridade, que verifica a integridade dos dados.

Cada conjunto de oito bits forma um caractere, codificado em padrões internacionais como ISO 646, ISO 2022 ou ISO 4873. Esse esquema foi introduzido com o IBM System/360 e se tornou um padrão amplamente utilizado em sistemas de processamento de dados e comunicação.

As fitas de nove trilhas usam diferentes técnicas de gravação, como PE (codificação por fase), GCR (gravação codificada por grupo) e NRZI (não retorno a zero invertido), para variar velocidade e capacidade de armazenamento. Elas podem ter tamanhos variados, chegando a mais de um quilômetro de comprimento.

O esquema seguiu um padrão internacional (ISO/IEC 3788:1990), especificando formato e método de gravação para a fita de nove trilhas. Esse formato era utilizado para troca de informações entre sistemas de processamento de dados, sistemas de comunicação e equipamentos associados que utilizam conjuntos de caracteres codificados de 7 bits (ISO 646), com extensão em ISO 2022 quando necessário, ou um conjunto de caracteres codificados de 8 bits (ISO 4873).

Por mais de três décadas, o esquema de nove trilhas foi o principal método de armazenamento e troca de dados offline. Entretanto, ficou obsoleto no final do século XX. O último fabricante de fitas encerrou a produção em 2002, e o último fabricante de unidades encerrou a produção em 2003. Com o avanço da tecnologia, essa abordagem foi substituída por soluções mais modernas e eficientes.