3.5-inch floppy disk, disquete de 3,5 polegadas:
Disquete é um disco de mídia magnética removível, para armazenamento de dados. O termo equivalente em inglês é floppy-disk, significando disco flexível.
Pode ter o tamanho de 3,5 polegadas com capacidade de armazenamento de 720 KB (DD=Double Density) até 2,88 MB (ED=Extra Density), embora o mais comum atualmente seja 1,44 MB (HD=High Density), ou 5,25 polegadas com armazenamento de 160 KB (Single Side = Face Simples) até 1,2 MB (HD).
Histórico dos formatos de disquete
Os (as) disquetes tiveram diferentes tamanhos e formatos desde que foram inventados, em 1971, com o último formato (3½-polegadas (inch) HD) a ser definitivamente adotado.
Tipo de disco | Ano | Capacidade |
---|---|---|
8-inch | 1971 | 80 kB |
8-inch | 1973 | 256 kB |
8-inch | 1974 | 800 kB |
8-inch dual-sided | 1975 | 1MB |
5¼-inch | 1976 | 160 kB |
5¼-inch DD | 1978 | 360 kB |
5¼-inch QD | 1980 | 720 KB |
5¼-inch HD | 1984 | 1.2 MB |
3-inch | 1984? | 320 kB |
3½-inch | 1984 | 720 kB |
3½-inch HD | 1987 | 1.44 MB |
3½-inch ED | 1991 | 2.88 MB |
Outras características dos disquetes
Disquete de 5"1/4
Tipo | Usado em | Setores por trilha | trilhas por Face | Capacidade | Taxa de transferência de bits |
---|---|---|---|---|---|
Dupla Densidade | P.C./XT | 8 | 40 | 160/320 KB | 250 KBit/s |
Dupla Densidade | P.C./XT | 9 | 40 | 180/360 KB | 250 KBit/s |
Quadrupla Densidade | AT | 8 | 80 | 720 KB | 300 KBit/s |
Alta Densidade | AT | 15 | 80 | 1,2 MB | 500 KBit/s |
A capacidade dos disquetes 5"1/4, nos modelos mais antigos de leitora, é limitado a uma face. Neste caso, embora a mídia permita, apenas uma das faces é acessada de cada vez. Nos modelos mais novos, com duas cabeças de leitura/escrita, ambas as faces são acessadas.
Disquete de 3"1/2
Tipo | Usado em | Setores por trilha | Trilhas por Face | Capacidade | Taxa de transferência de bits |
---|---|---|---|---|---|
Dupla Densidade | P.C./XT | 9 | 80 | 720 KB | 250 Kbit/s |
Alta Densidade | AT | 18 | 80 | 1,44 MB | 500 Kbit/s |
Alta Densidade Extra | AT | 36 | 80 | 2,88 MB | 1 Mbit/s |
Por dentro do disquete
Os disquetes possuem a mesma estrutura de um disco rígido sendo todos periféricos de entrada e saida, tendo como diferenças o fato dos disquetes poderem ser removíveis e o fato dos disquetes serem compostos de um único disco magnético.
Os disquetes são divididos em pistas. Um conjunto de pistas concêntricas repartidas em intervalos regulares definem a superfície magnética do disco. As pistas são numeradas de 0 a n, sendo n o número total. A pista 0 é a mais externa.
Cada cilindro é dividido em um número constante de partes de mesmo tamanho, denominado setor. O nome destes depende do formato do disquete e são numerados de 1 até n, sendo n o número de setores por pista.
Cada setor possui o tamanho de 512 bytes. O setor (ou bloco) é a menor porção do disco que o computador consegue ler.
O disco magnético geralmente é dividido em duas faces, denominadas 0 e 1. Alguns leitores mais atuais, visto que os discos possuem essas duas faces, são equipados com duas cabeças de leitura/escrita, uma para cada face do disco.
Para se calcular a capacidade do disquete, pode-se usar a fórmula: Número de faces × número de pistas × números de setores/pista × 512 bytes/setor.
Problemas
As unidades de leitura geralmente possuem um botão que, se pressionado ejeta o disquete. A possibilidade de ejetar o disquete mecanicamente pode acarretar erros de leitura, ou até mesmo a perda de todos os dados contidos no disquete caso a ejeção seja feita durante um processo de leitura. Uma exceção a isso é constituído pelas unidades de leitura dos computadores Macintosh, nos quais a ejeção do disco é comandada pelo sistema operacional e realizada através de um motor interno.
Um outro problema é referente à sua vida útil. Os disquetes possuem vida útil que varia de 5 a 6 anos (pouco, se for comparado ao CD, que dura 20 anos). Disquetes mais velhos e com muito uso, começam a desprender fragmentos do disco magnético interno, sendo que alguns desses fragmentos podem grudar nas cabeças de leitura, dificultando muito a leitura/escrita de outros disquetes. Para essa situação, é recomendável utilizar um "disquete" especial para limpeza, em que no lugar do disco magnético fica localizado um tecido para limpeza.
Desuso
O disquete já foi considerado um dispositivo com grande capacidade de armazenamento, especialmente devido ao pequeno tamanho dos arquivos. Atualmente, devido ao tamanho cada vez maior dos arquivos e, devido à existência de mídias de armazenamento não-voláteis de maior capacidade, como Zip Disks, cartões de memória(memory sticks, cartões MMC, cartões SD, ...), Flash Drives USB (muitas vezes em formato de chaveiro), CD-R, CD-RW, DVD gravável e regravável; além de existir outras maneiras de guardar arquivos, como armazenamento distribuído e/ou Compartilhamento de arquivos em redes locais, e-mail e disco virtual, o disquete se tornou um utilitário obsoleto. Muitos fabricantes de computadores dão como certa a "morte" dos disquetes e que os computadores do futuro não terão mais drives de disquetes. O maior problema em relação aos disquetes é justamente o problema do disquete velho : o disquete possui uma "vida útil" de 5 anos. Após esse prazo, a sua camada magnética começa a se danificar e aí pode haver perda de dados. O pior dessa situação é que a camada magnética começa a realmente se descolar da camada plástica do disquete, sujando as cabeças de leitura/gravação. Para resolver esse problema, basta limparmos as cabeças de leitura e gravação da unidade de disquete com um disco de feltro especial. Em geral esse disco vem junto com um vidrinho contendo álcool isopropílico que é usado na limpeza.
Meio de Contaminação de Vírus
Os disquetes foram os primeiro transmissores de vírus de computador, no fim dos anos 80, o Vírus Ping-Pong, Vírus Stoned, Vírus Jerusalem e Vírus Sexta-Feira 13 eram disseminados através do disquete. Que contaminava o PC quando inserido na máquina, e após contaminar ele contaminava qualquer outro disquete sem vírus que fosse inserido no drive do PC. Até o surgimento na Internet, o disquete era o único meio de propagação de vírus que existia.
Na época o único meio de proteger um disquete contra vírus era colocar um selo no lacre quadrangular superior ou, no caso dos disquetes de 3"½, ativar a trava de proteção contra escrita, de forma a impedir que o PC gravasse qualquer coisa no disquete, fazendo dele um meio de leitura de dados somente, protegendo assim, de vírus.