3.5-Inch floppy disk, disquete de 3,5 polegadas:
O disquete de 3,5 polegadas, também conhecido como disquete de alta densidade, foi um meio de armazenamento de dados muito utilizado em computadores pessoais nas décadas de 80 e 90. Esses disquetes foram um avanço em relação aos disquetes anteriores de 5,25 polegadas, sendo mais compactos e com maior capacidade de armazenamento.
Surgimento
O surgimento do disquete de 3,5 polegadas foi um marco na história dos dispositivos de armazenamento de dados. Essa tecnologia, desenvolvida pela Sony em colaboração com a IBM, revolucionou a forma como as informações eram armazenadas e transportadas.
A história do disquete de 3,5 polegadas começa em meados dos anos 70, quando a Sony iniciou o desenvolvimento de uma nova tecnologia de armazenamento de dados baseada em discos magnéticos flexíveis. Nessa época, os disquetes de 8 polegadas eram amplamente utilizados, mas eram grandes e volumosos, o que dificultava o transporte e armazenamento.
A solução encontrada pela Sony foi desenvolver um disquete menor e mais flexível, que pudesse ser transportado com facilidade e armazenado em espaços reduzidos. O primeiro protótipo do disquete de 3,5 polegadas foi criado em 1980, mas ainda precisava de aperfeiçoamentos.
Foi então que a IBM entrou em cena. A empresa estava em busca de uma solução de armazenamento para seus novos computadores pessoais, que seriam lançados em breve. A IBM viu no disquete de 3,5 polegadas uma solução promissora e decidiu investir na tecnologia.
Em parceria com a Sony, a IBM trabalhou no aprimoramento do disquete, tornando-o mais resistente e confiável. Foram desenvolvidos novos materiais e processos de fabricação, que garantiam a qualidade e durabilidade do produto.
Finalmente, em 1984, o disquete de 3,5 polegadas foi lançado no mercado. Ele tinha uma capacidade de armazenamento de 720 KB, muito superior aos disquetes de 5,25 polegadas, que tinham capacidade de apenas 360 KB. Além disso, o disquete de 3,5 polegadas era mais resistente e confiável, graças às inovações introduzidas pela IBM e Sony.
O novo formato de disquete rapidamente se tornou um sucesso, sendo adotado por outras empresas de tecnologia e se tornando o padrão de armazenamento de dados para computadores pessoais. O disquete de 3,5 polegadas teve uma longa vida útil, sendo utilizado até o início dos anos 2000, quando foi substituído por dispositivos de armazenamento mais modernos, como os CDs e pen drives.
O primeiro disquete de 3,5 polegadas foi lançado em 1981 pela Sony, mas foi a partir da parceria com a IBM em 1984 que sua popularidade se tornou mais expressiva. Esses disquetes eram feitos com uma fina camada de óxido de ferro ou cromo que era magnetizada para armazenar os dados. A capacidade de armazenamento inicial era de 720 KB, mas posteriormente evoluiu para 1,44 MB.
Vantagens à época
- Tamanho compacto, permitindo facilidade de armazenamento e transporte em comparação aos disquetes de 5,25 polegadas.
- Maior capacidade de armazenamento, variando de 720 KB a 1,44 MB, em comparação aos 160 KB dos disquetes de 5,25 polegadas.
- Maior resistência física e durabilidade, tornando-os menos propensos a danos eletromagnéticos e menos suscetíveis a sujeira e poeira do ambiente.
- Maior confiabilidade na leitura e gravação de dados, devido ao uso de materiais magnéticos de alta qualidade e tecnologia de gravação de alta densidade.
- Preço mais acessível em comparação com outros dispositivos de armazenamento, como discos rígidos e fitas magnéticas.
- Compatibilidade com uma ampla gama de computadores pessoais, tornando-os um formato de armazenamento popular e amplamente utilizado na época.
- Possibilidade de regravar e apagar dados facilmente, permitindo maior flexibilidade no armazenamento e transferência de informações.
Estrutura
Os disquetes têm uma estrutura semelhante à de um disco rígido, sendo ambos periféricos de entrada e saída. A principal diferença é que os disquetes são removíveis e compostos por um único disco magnético. As pistas do disquete são um conjunto de pistas concêntricas divididas em intervalos regulares que definem a superfície magnética do disco, numeradas de 0 a n (sendo n o número total de pistas). A pista 0 é a mais externa e cada cilindro é dividido em um número constante de partes de mesmo tamanho, chamado setor. Os setores são numerados de 1 até n (sendo n o número de setores por pista) e cada setor tem o tamanho de 512 bytes, sendo a menor porção do disco que o computador consegue ler. O disco magnético normalmente é dividido em duas faces, denominadas 0 e 1, e alguns leitores modernos possuem duas cabeças de leitura/escrita, uma para cada face do disco. A capacidade do disquete pode ser calculada usando a fórmula: número de faces × número de pistas × número de setores/pista × 512 bytes/setor.
Problemas
No entanto, o disquete de 3,5 polegadas tinha algumas desvantagens, como a baixa capacidade de armazenamento em relação aos meios mais modernos. Além disso, sua fragilidade era um grande problema, pois eram facilmente danificados por riscos, quedas ou até mesmo pela exposição à luz solar.
O botão de ejeção presente nas unidades de leitura de disquetes pode causar problemas durante a leitura, resultando em perda de dados se for pressionado durante o processo. No entanto, esse não é o caso das unidades de leitura dos computadores Macintosh, que usam um motor interno controlado pelo sistema operacional para ejetar o disco. Outra questão relacionada a esses dispositivos é a sua vida útil. Em comparação com outros meios de armazenamento, como CDs, que podem durar até 20 anos, os disquetes têm uma vida útil de cerca de 5 a 6 anos. Com o tempo, fragmentos do disco magnético interno podem se soltar e aderir às cabeças de leitura, dificultando a leitura e escrita de outros disquetes. Nesse caso, recomenda-se o uso de um "disco" especial para limpeza, que substitui o disco magnético por um tecido de limpeza.
Desuso
Com o avanço da tecnologia, os disquetes de 3,5 polegadas foram gradativamente substituídos por outros meios de armazenamento, como os CDs, DVDs, pen drives e discos rígidos externos. Atualmente, é difícil encontrar computadores com leitores de disquetes, o que torna difícil a recuperação de dados armazenados em disquetes antigos.
Antes considerado um dispositivo com grande capacidade de armazenamento devido ao pequeno tamanho dos arquivos, o disquete de 3,5 polegadas se tornou obsoleto com o surgimento de mídias de armazenamento não-voláteis de maior capacidade, como Zip Disks, cartões de memória (memory sticks, cartões MMC, cartões SD), Flash Drives USB e discos ópticos graváveis e regraváveis, além de outras formas de armazenamento, como armazenamento distribuído e compartilhamento de arquivos em redes locais, e-mail e discos virtuais. Muitos fabricantes de computadores já consideram a extinção dos drives de disquete.
O principal problema dos disquetes é a sua curta vida útil de 5 anos, a partir da qual a camada magnética começa a se danificar, o que pode levar à perda de dados. Além disso, a camada magnética pode se descolar da camada plástica do disquete, sujando as cabeças de leitura/gravação. Para resolver esse problema, é necessário limpar as cabeças de leitura e gravação da unidade de disquete com um disco de feltro especial e álcool isopropílico.
Meio de Contaminação de Vírus
Na década de 80, os disquetes foram os primeiros meios de transmissão de vírus de computador, que se disseminavam através do Vírus Ping-Pong, Vírus Stoned, Vírus Jerusalem e Vírus Sexta-Feira 13. Quando inserido na máquina, o disquete contaminava o PC e depois contaminava qualquer outro disquete que fosse inserido no drive do computador. Antes do surgimento da internet, os disquetes eram os únicos meios de propagação de vírus que existiam. Para proteger os disquetes contra vírus, na época era comum colocar um selo no lacre quadrangular superior ou ativar a trava de proteção contra escrita nos disquetes de 3"½, impedindo que o PC gravasse qualquer coisa no disquete e tornando-o um meio de leitura de dados somente.
Histórico dos formatos de disquete
Um disquete de 8 polegadas. Os (as) disquetes tiveram diferentes tamanhos e formatos desde que foram inventados, em 1971, com o último formato (3½-polegadas (inch) HD) a ser definitivamente adotado.
Tipo de disco | Ano | Capacidade |
---|---|---|
8-inch | 1971 | 80 kB |
8-inch | 1973 | 256 kB |
8-inch | 1974 | 800 kB |
8-inch dual-sided | 1975 | 1MB |
5¼-inch | 1976 | 160 kB |
5¼-inch DD | 1978 | 360 kB |
5¼-inch QD | 1980 | 720 KB |
5¼-inch HD | 1984 | 1.2 MB |
3-inch | 1984? | 320 kB |
3½-inch | 1984 | 720 kB |
3½-inch HD | 1987 | 1.44 MB |
3½-inch ED | 1991 | 2.88 MB |
Outras características dos disquetes
Tipo | Usado em | Setores por trilha | trilhas por Face | Capacidade | Taxa de transferência de bits |
---|---|---|---|---|---|
Dupla Densidade | P.C./XT | 8 | 40 | 160/320 KB | 250 KBit/s |
Dupla Densidade | P.C./XT | 9 | 40 | 180/360 KB | 250 KBit/s |
Quadrupla Densidade | AT | 8 | 80 | 720 KB | 300 KBit/s |
Alta Densidade | AT | 15 | 80 | 1,2 MB | 500 KBit/s |
A capacidade dos disquetes 5"1/4, nos modelos mais antigos de leitora, é limitado a uma face. Neste caso, embora a mídia permita, apenas uma das faces é acessada de cada vez. Nos modelos mais novos, com duas cabeças de leitura/escrita, ambas as faces são acessadas.
Disquete de 3"1/2
Tipo | Usado em | Setores por trilha | Trilhas por Face | Capacidade | Taxa de transferência de bits |
---|---|---|---|---|---|
Dupla Densidade | P.C./XT | 9 | 80 | 720 KB | 250 Kbit/s |
Alta Densidade | AT | 18 | 80 | 1,44 MB | 500 Kbit/s |
Alta Densidade Extra | AT | 36 | 80 | 2,88 MB | 1 Mbit/s |
Por dentro do disquete
Legenda:1 - Trava de proteção contra escrita.
2 - Base central.
3 - Cobertura móvel.
4 - Chassi (corpo) plástico.
5 - Disco de papel.
6 - Disco magnético.
7 - Setor do disco.
O disquete de 3,5 polegadas foi um importante meio de armazenamento de dados durante muitos anos, mas foi superado por tecnologias mais avançadas. Mesmo assim, ele teve um papel fundamental na história da informática e ainda é lembrado como um símbolo da era dos computadores pessoais.